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O Brasil terá seu quinto supercomputador na lista dos 500 mais potentes do mundo, com o anúncio da USP (Universidade de São Paulo) de adquirir uma máquina da Sun Microsystems, com capacidade de processamento de 2,8 teraflops (um teraflop equivale a um trilhão de operações por segundo).
Esse desempenho colocaria o equipamento na 301ª colocação do ranking organizado pelas universidades de Mainhein (Alemanha), Berkeley e Tennesse (EUA). A lista é encabeçada pelo BlueGene/L, desenvolvido pela IBM e pela Administração de Segurança Nuclear dos EUA, mantido pela Universidade da Califórnia e que pode ter, teoricamente, um desempenho de 183,5 teraflops (seu pico foi de 136,8).
O supercomputador da USP é um cluster (sistema em que diversos processadores podem trabalhar simultaneamente na execução de uma mesma tarefa) de 624 chips "dual core" (dois núcleos de processamento na mesma pastilha), fabricados pela AMD, e funcionará com Linux.
E custará US$ 650 mil, uma "superoferta", segundo a universidade, pois a Sun ofereceu um desconto de US$ 1,25 milhão em troco de visibilidade no mercado (a empresa possui apenas cinco equipamentos nessa lista, contra 259 da IBM). A máquina seria compartilhada por pesquisadores das diferentes faculdades e ganharia um upgrade de US$ 300 milhões no ano seguinte. Será também a primeira instituição de ensino na América Latina a ter um equipamento desse porte.
Os outro quatro mais poderosos do Brasil são todos da Petrobras e ocupam os 95º, 97º, 118º e 208º lugares no ranking.
Hoje 14 países possuem mais supercomputadores: Estados Unidos (277), Alemanha (40), Reino Unido (32), Japão (23), China (19), Coréia do Sul (14), França (11), Itália (11), Índia (8), Israel (8), Canadá (7), Arábia Saudita (5), Austrália (5) e México (5). O único país sul-americano que também possui uma máquina dessas é a Venezuela (apenas uma).
Para acessar a lista completa, acesse o site www.top500.org.
Recentemente, o Japão anunciou uma parceria com NEC, Hitachi e várias universidades para desenvolver até 2011 um supercomputador capaz de realizar três quadrilhões de cálculos por segundo, ou 3.000 teraflops. O ministro da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, Toshihiko Hoshino, acredita que nesse período o BlueGene/L e seus sucessores também estarão trabalhando nessa velocidade.
Outra promessa recente partiu da Lenovo, que pretende construir um de 1.000 teraflops para o governo chinês até 2010.
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